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Vazamento de informações impediu prisões em condomínio dominado por traficantes em Porto Alegre, diz polícia

Polícia flagrou tráfico de drogas em condomínio de Porto Alegre — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Sete servidores estão sob investigação e 14 estagiários foram afastados por suspeita de envolvimento no esquema. Eles receberiam dinheiro em troca das informações.

 

vazamento de dados de ações policiais por estagiários e servidores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) atrapalhou diversas operações e impediu prisões no estado, de acordo com a Polícia Civil (saiba mais abaixo). Uma das ações prejudicadas foi a de combate ao tráfico de drogas em um condomínio dominado por criminosos em Porto Alegre.

O Condomínio Princesa Isabel fica no bairro Azenha, na Capital. Desde o início do ano, a Polícia Civil reuniu provas de que traficantes vendiam drogas no local, seja nas áreas abertas, nos corredores ou dentro dos apartamentos. Imagens de câmeras de segurança mostram que a movimentação de compradores ocorre praticamente 24 horas por dia.

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Em um dos flagrantes, um homem entra no condomínio, entrega dinheiro ao traficante e, depois, recebe a droga. Então, vai até os fundos do prédio, onde há um ponto de tráfico, junto de um terminal de ônibus.

Em outro caso, os traficantes usam um banheiro público como ponto de tráfico. Para não ser pego em flagrante, o criminoso deixa a droga no chão e, em menos de um minutos, aparece um comprador.

Imagens também mostram o momento em que uma mulher, sentada em uma cadeira dentro do condomínio faz o repasse de drogas. Em plena luz do dia.

Apesar das diversas provas obtidas pela Polícia Civil, as prisões daqueles que seriam os responsáveis por chefiar o esquema têm sido difíceis – e os vazamentos seriam as causas dessa dificuldade.

“Podemos dizer que as ações foram frustradas ou em parte frustradas devido a essas informações que foram passadas então por agentes externos da investigação a esses marginais”, diz o delegado Alencar Carraro, diretor de investigação do Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc).

 

Estagiários da Justiça vazavam dados de processos sigilosos para traficantes

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Os vazamentos

 

Uma investigação do Grupo de Investigação da RBS (GDI) aponta que servidores e funcionários do TJRS são investigados por vazar informações para criminosos alvos de operações policiais no estado em troca de dinheiro. Sete servidores estão sob investigação e 14 estagiários foram afastados por suspeita de envolvimento no esquema.

Eles teriam acessado mandados e ordens judiciais no sistema do tribunal. O órgão informa que todas as senhas de acesso foram trocadas. Também foram suspensas as senhas de cerca de 500 estagiários já demitidos, mas que seguiam ativas. O compartilhamento de senhas é irregular, diz o tribunal.

Durante dois meses, a investigação coletou depoimentos e teve acesso a documentos sigilosos e trocas de mensagens que confirmam a cobrança de até R$ 3 mil por cada informação que deveria ser restrita aos juízes, servidores das varas e autoridades policiais.

O Núcleo de Inteligência do Tribunal de Justiça acompanhou as investigações e, em alguns casos, foi quem identificou os vazamentos.

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