Número de vigilantes particulares já ultrapassou o efetivo da PM no país.
O mercado da segurança privada é um dos maiores e mais lucrativos do país. O faturamento previsto para as empresas deste setor em 2010 é de R$ 15 bilhões, e o crescimento anual é de cerca de 14%. O número de profissionais que atuam com segurança patrimonial no Brasil já ultrapassou o efetivo da PM de todo o país, chegando a quase meio milhão de pessoas (450 mil).
O motivo do aumento da procura por segurança privada é a precaução e a sensação de insegurança causada pela criminalidade. Só no estado de São Paulo, foram registradas 11 milhões de ocorrências nos últimos 10 anos, o que equivale a mais de um milhão por ano, ou 124 por hora. Vigilantes podem ser encontrados em diversos tipos de lugar: bancos, shoppings, condomínios e empresas, entre outros.
De acordo com Luciano Caruso, gerente de marketing da Graber Segurança, empresas e condomínios estão entre os maiores contratantes de serviços de segurança. “Grandes empresas e indústrias são contratantes naturais desse tipo de serviço, pois precisam proteger o investimento que é feito no patrimônio. Os casos de arrastões em prédios que aconteceram recentemente fizeram com que mais condomínios procurassem por segurança especializada também”, diz.
Na prática, é possível perceber o crescimento do mercado de segurança observando a substituição de porteiros por vigilantes treinados que está acontecendo nos condomínios (em São Paulo, 40% dos prédios já terceirizaram suas portarias), além da presença de câmeras, alarmes e outros sistemas eletrônicos de segurança em quase todo tipo de lugar.
No momento da contratação de uma empresa de segurança, é importante ficar atento, pois muitas delas são clandestinas e trabalham sem autorização da Polícia Federal. Estima-se que para cada vigilante autorizado, há três atuando ilegalmente. A contratação de clandestinos acaba representando um risco a mais, e não a garantia de proteção que é desejada. “O vigilante deve ser formado em um curso específico e treinado periodicamente. Segurança é um assunto que deve ser tratado com seriedade, pois envolve riscos e pessoas”, afirma Luciano.
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