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Administração Profissional

A gestão de Maurício Jovino conseguiu sanar as contas do condomínio, combatendo a inadimplência e individualizando consumos de água e gás.

Profissionalizar a administração de um condomínio é possível. Prova disso é a gestão do síndico Maurício Jovino à frente do Residencial Guignard, localizado em Guaianazes. Há sete anos Maurício tornou-se síndico e enfrentou uma situação caótica. Apesar de novo, o condomínio tinha uma dívida de R$ 60 mil. Duas contas de água, de R$ 7 mil cada, estavam em aberto com a Sabesp, e o fornecedor de gás ameaçou protestar o nome do condomínio e cortar o fornecimento. “Felizmente, isso não ocorreu”, recorda o síndico. “Parcelei as contas com a Sabesp e fiz uma radiografia da real situação do condomínio. Percebi que fazer um rateio era o único jeito de sanar as dívidas. Não tínhamos crédito na praça”, completa.

Outro grave problema era a inadimplência, que chegou a inacreditáveis 67%. O trabalho da nova gestão era grande. Maurício recebia pessoalmente os fornecedores e tentava fechar acordos para pagar as dívidas. Nem todos concordavam. O sistema de segurança era cedido em comodato. Com a quebra do contrato a empresa acabou retirando as câmeras. “Ficamos sem nenhuma câmera. Foi a pior época do condomínio. Hoje, temos nosso sistema próprio, com 16 câmeras”, compara.

Para acompanhar as mudanças que planejava para o condomínio, Maurício trocou de administradora. O departamento jurídico da empresa recém-contratada começou a trabalhar contra a inadimplência. “Realizávamos plantões aos sábados para fazer acordos com os inadimplentes. O condômino assinava a confissão de dívida, reconhecia o débito e assinava o termo de acordo. Os juros ainda eram de 20%, e chegávamos a negociá-los. No primeiro plantão, das 8 às 20 horas, conseguimos levantar R$ 30 mil, mas sabíamos que receberíamos esse dinheiro a longo prazo”, diz.

Para sair da crise, Maurício percebeu que era necessário cortar os gastos fixos. Com sete blocos e 140 apartamentos, o Residencial Guignard tinha na conta de água um de seus maiores vilões: o valor chegava aos R$ 8 mil mensais em 2001. “A individualização da cobrança da água seria uma forma de cortar nosso custo na previsão orçamentária. O gás era outra despesa fixa alta, de R$ 3 mil. Tínhamos também excesso de funcionários, com três faxineiros, um ronda diurno e um ronda noturno, funções que não se justificavam”, conta.

Maurício resolveu apostar na individualização de água e gás, e o Guignard foi um dos primeiros condomínios de São Paulo a individualizar a cobrança de consumo desses itens. Hoje, a conta de água não passa dos R$ 5 mil e a taxa condominial, que chegou a R$ 300 em 2001, hoje fica em torno de R$ 150. Os funcionários são terceirizados e o síndico faz questão de ter um bom controle da qualidade da mão-de-obra. O zelador é o braço direito de Maurício na rotina do condomínio. Todos participam da brigada de incêndio anual e o síndico faz questão de presenteá-los com cestas no Natal. “Acredito que a logística ideal para uma gestão dar certo é contar com uma boa administradora e uma boa terceirizada. No início, busquei me aperfeiçoar, comecei a ler livros e revistas sobre condomínios e fiz cursos. Infelizmente, muitos síndicos pecam ou por não conhecer o assunto ou por serem mal intencionados”, avalia.

Depois de muitas obras – como a reforma da quadra, dos jardins e dos playgrounds, a construção de eclusa de pedestres, a instalação de central de interfone digital, de grades e cerca elétrica -, Maurício tem mais planos para o condomínio. Ele pretende aprovar a reforma das áreas de garagem. Com o remanejamento de vagas, o condomínio de 10 mil metros quadrados de área deve ganhar mais espaços para lazer. A pintura das fachadas vai começar em breve e deve valorizar o condomínio. Em oito anos de vida, os sete blocos nunca foram pintados. Os apartamentos de três dormitórios, avaliados em no máximo R$ 40 mil quando Maurício assumiu, hoje chegam a ser comercializados por R$ 80 mil, segundo o síndico. As melhorias, porém, são aprovadas e realizadas com cautela. “Numa assembléia aprovo de duas a três melhorias para não onerar o condomínio. E só começo a segunda quando acabei de pagar a primeira obra”, conta.

Maurício gosta de dividir com outros síndicos a experiência que adquiriu na gestão do Residencial Guignard. Ele montou um site de serviços para síndicos (o www.portaldosindico.com), e dá palestras e consultorias para condomínios. Não há receita pronta para administrar com sucesso, adianta Maurício. Mas ele reconhece que sempre é resultado de muito esforço. “Trabalho com amor e dedicação. Um síndico não pode ser preguiçoso. Não basta assinar contratos e largar tudo na mão do zelador”, resume.

[Maurício Jovino: individualização de água e gás e valorização do condomínio.
Contatos: residencial.guignard@bol.com.br]

Fonte: www.direcionalcondominios.com.br – Matéria Publicada na Revista Direcional Condomínios – Edição maio/08

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