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Como combater focos da dengue em edifícios?

Agora não adianta mais colocar areia no vaso de flores, evitar deixar garrafas e pneus em locais descobertos e tampar tonéis e caixas d’água. Essas medidas, imprescindíveis no combate à dengue, já não são suficientes para controlar a doença. O mosquito Aedes aegypt avança em Pernambuco e já está presente em locais até então seguros. Entre eles as lajes e telhados dos prédios do Recife, município líder de notificações da doença no estado. De acordo com informações repassadas com exclusividade ao Diario pela Secretaria de Saúde do Recife, mais de 80% das coberturas de edifícios da cidade costumam acumular água. Por isso, são consideradas focos de dengue em potencial. A prefeitura vai marcar, nos próximos quinze dias, uma reunião com o Sindicato de Habitação (Secovi-PE) para construir um plano de combate à dengue nos condomínios. Três pessoas já morreram na cidade este ano por causa da doença.

A notícia preocupou o Secovi-PE, que representa os 8,8 mil condomínios da Região Metropolitana do Recife. Segundo o presidente da instituição, Luciano Novaes, os síndicos receberão orientações da entidade já a partir da próxima sexta-feira. “A dengue é um problema que deve ser resolvido de forma imediata. Embora tomemos todas as precauções repassadas pelas autoridades, agora estamos diante de um problema novo e precisamos nos proteger. Vamos repassar informações para evitar o acúmulo de água nas lajes e telhas nos e-mails dos nossos associados a partir da próxima sexta-feira”, garantiu.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde informou que os síndicos que desconfiarem da existência de focos de dengue no prédio e quiserem a presença dos agentes de saúde ambiental podem acionar a ouvidoria municipal de saúde, através do número 0800.281.1520. A central funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 19h. Após a solicitação, a previsão é de que os agentes cheguem ao local indicado em até cinco dias úteis. Além das ações já desenvolvidas pela Prefeitura do Recife, como a contratação de 95 novos servidores para os trabalhos de campo, nas próximas semanas serão agendadas reuniões envolvendo diversas secretarias municipais que, juntas, vão elaborar um plano maior de combate à dengue.

Dinâmica – Atenta à dinâmica do Aedes aegypt, a síndica do edifício Barão de São Borja, Vera Lúcia Rocha Cruz, inspeciona a laje do prédio periodicamente. Formada em agronomia e gestora ambiental, ela também é administradora do edifício Selecta Center, na Ilha do Leite. “Já sabia que a laje é um foco da dengue em potencial. Por isso tomo providências como evitar o acúmulo de água. Também coloco larvicida e hipoclorito, fornecido pelos agentes municipais, na cobertura do edifício onde moro. No prédio onde trabalho, investimos num sistema de drenagem eficiente, que não permite a formação de poças. Só uma pessoa ficou doente nesta epidemia, de um universo formado por dez andares”, justificou. Apesar de voar baixo, o mosquito que transmite a dengue pode chegar às lajes e telhados dos prédios através do elevador. Caso a área esteja com água parada, as chances de que ela se torne foco de dengue são grandes.

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