Poder trabalhar, morar, estudar e se divertir numa mesma região eliminaria parte das locomoções diárias
A imagem acima, com uma linha de trem às margens do rio Pinheiros coberta por jardins suspensos, por onde poderiam circular pedestres e ciclistas, não é ficção.
Trata-se, assim como as imagens abaixo, de parte integrante de um projeto que está na mesa do secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalen, já há alguns dias.
A proposta é criar núcleos onde os paulistanos possam trabalhar, estudar, fazer compras e se divertir sem ter de fazer muitas locomoções.
O projeto é do arquiteto Jaime Lerner, ex-governador do Paraná, ex-prefeito de Curitiba e atualmente consultor de urbanismo da ONU.
Embrionário, o projeto por enquanto é apenas um apanhado de ideias para melhorar a moradia na metrópole e está longe de ter custos ou data estimados. Foi encomendado pelo Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis de São Paulo).
O secretário Bucalen confirmou que recebeu o projeto, mas disse que ainda não o analisou.
O Secovi não tem muita pressa. Entretanto, quer que o projeto seja uma das principais mudanças do novo Plano Diretor da Cidade, em 2012.
Plano Diretor O Plano Diretor estabelece onde, o que, como e em que ritmo a ocupação urbana deve acontecer. A revisão do Plano Diretor vigente se arrasta desde 2005. Um novo Plano Diretor, porém, é obrigatório, tendo ou não o atual sido revisado.
“Analisando a cidade de São Paulo, temos vários problemas, tais como segurança, saúde, educação. A mobilidade é muito importante também. São 38 milhões de viagens por dia na cidade. Se evitarmos que as pessoas tenham de fazer parte dessas viagens, acaba aliviando”, diz o vice-presidente do Secovi-SP, Cláudio Bernardes.
Estações Tendo como ponto de partida as estações de trem e metrô, o projeto prevê a criação de “polos sustentáveis” no entorno delas, dotados de imóveis comerciais e residenciais e com estruturas como escolas, hospitais, praças, clubes, shoppings, entre outros.
Sem citar valores, Bernardes explica que a viabilidade econômica dos polos viria por meio das chamadas operações urbanas, projetos de melhoria de uma determinada região financiados em parte pelo setor privado.
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