Porteiros, seguranças, jardineiros e zeladores são profissionais raros em Curitiba.
O ritmo acelerado da construção civil tem gerando demanda de mão-de-obra não apenas nos canteiros de obras, mas também na outra ponta — os condomínios. Com mais prédios, cresce a procura por profissionais que atuam na manutenção destes empreendimentos, como porteiros, profissionais de limpeza, segurança e jardinagem, entre outros. Em Curitiba, por mês, há a oferta mínima de 600 vagas, conforme a reportagem apurou ouvindo as principais empresas de recrutamento de pessoal para atuar em condomínios.
De acordo com o gerente comercial do grupo Mariah, empresa que presta serviços de recrutamento, seleção e terceirização de mão-de-obra em geral, Rudimar Vargas, há uma enorme escassez de mão-de-obra qualificada no mercado e os profissionais encontrados, em sua maioria, não possuem experiência. “Há cerca de 6 meses a demanda por profissionais desse segmento aumentou”, comenta Vargas.
Segundo o gerente comercial do grupo Mariah, a empresa tem 500 vagas abertas para profissionais de limpeza, segurança, manutenção predial e jardinagem, na empresa. Para atender a demanda, empresa que atende 200 condomínios em Curitiba, precisou buscar profissionais no interior. A medida, segundo Vargas, será mantida até que ocorra uma melhora no mercado em Curitiba.
A empresa Pessoal Terceirização de Mão-de-Obra e Serviços , que atende cerca de 10 prédios na capital, também está encontrando muita dificuldade na hora de conseguir profissionais para os serviços de manutenção predial. Para tentar driblar as dificuldades, a empresa não está exigindo qualificação e, por isso, está fazendo treinamento dos candidatos. Segundo Tatiane Andressa da Silva, responsável pelo departamento pessoal da empresa, a grande escassez é de profissionais do sexo masculino e para o serviço de limpeza.
“Devido à falta de profissionais homens a empresa está substituindo algumas vagas por profissionais do sexo feminino, mas alguns serviços são muito pesados para as mulheres”, diz Tatiane.
Tatiane acredita que o problema é a soma do crescimento da construção civil com a falta de interesse de profissionais para trabalharem nessa área. No momento há 10 vagas disponíveis na empresa, para homens.
A OLM, Soluções em Instalações e Manutenção Predial, encontra dificuldade para encontrar profissionais para serviços de manutenção predial, como limpeza e jardinagem, desde o ano passado. Segundo Felipe de Oliveira, responsável por marcar os orçamentos da empresa, a OLM trabalha só com profissionais capacitados e está fazendo propaganda da empresa para tentar encontrar profissionais.
No grupo Higi Serv, especializado na prestação de serviços, mensalmente há entre 80 e 100 vagas disponíveis, segundo as informações do diretor-presidente Adonai Aires Arruda, que também preside o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Paraná (Seac-PR) e da Fundação de Asseio e Conservação do Estado do Paraná (Facop).
Colaborou
Clarissa Herrig
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